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Esporte ou Guerra? O Combate Selvagem é Guerra!

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Uma discussão que é mais prevalente em fóruns de D&D e similares, e nas comunidades da OSR (Old School Renaissance), é a filosofia do combate como esporte x combate como guerra. Mas o que exatamente isto significa? Bom, isto é um papo que parece complicado, mas o seu cerne é simples. Apesar de haver mais camadas nesta discussão, manteremos ela simples e selvagem. Então, os básicos:

Combate como esporte é o princípio de um combate equilibrado, onde os dois lados tem uma boa chance de vencer e o jogo é previsível. Obviamente que se tratando de um RPG de mesa as chances não são 50/50, elas pendem muito mais para o lado dos PJs. É esperado que os encontro tenham uma chance mínima de sucesso para os personagens, então, sem dragão no nível 3 por exemplo. As edições mais recentes de D&D, principalmente a 5ª são os principais propagadores desta mentalidade de jogo.

Já o combate como guerra, é o contraponto. Não há equilíbrio, e os lados fazem de tudo para vencer ou pelo menos ficar vivos. Há uma ênfase na verossimilhança ao invés de conceitos puramente mecânicos como Nível de Desafio e HP. Não há compromisso em fazer todos os combates possíveis equilibrados, pois é melhor evitar uma batalha que não se pode vencer em primeiro lugar. Os jogos da vertente OSR são os que trazem a filosofia do combate como guerra a tona, mas eles não são os únicos.

E Savage Worlds nisso?

Se você se identificou com o segundo parágrafo, meus pêsames. Embora a sessão Inimigos e Encontros do Savage Pathfinder (pg. 244) tente dar uma guia, a imprevisibilidade do sistema impede que os combates sejam de fato “equilibrados” e “justos”. Então ao invés de nadar contra a corrente, deixe se levar pela selvageria dos combates como guerra.

Savage Worlds está bem longe de ser um sistema OSR, mas o combate como guerra é uma passo lógico, a seguir. Isto significa que deve-se usar o que está, e o que não está escrito na ficha. As Vantagens, perícias e poderes são de ótima ajuda, mas não são tudo. Lembre-se que regras situacionais como Ataque Mirado, Derrubar, Desarmar, Suporte e Desafio (opções descritas neste artigo) etc. não estão escritas na ficha de personagem. Além disso, procure saber do cenário onde o combate se passa, pois qualquer coisa pode ser uma arma se for bem usada. Talvez o lustre sob a cabeça dos inimigos não seja só um detalhe de local afinal. E se não houver coisas do tipo, gastar Bene para Influenciar a História é sempre uma opção viável.

Aos mestres selvagens, não tenha medo de incluir criaturas potencialmente devastadores em suas aventuras. Afinal, o mundo não espera que os personagens sejam no mínimo Veteranos. Dito isto, é sempre bom disparar uns três tiros de avisos se os jogadores estiverem entrando em um covil de um dragão adulto por exemplo. Mas a partir do momento em que eles põe seus pés adentro, não os proteja de suas decisões. Deixe que os dados e as cartas ditem o caminho em diante…

Referências

Este vídeo em inglês do canal Deficient Master foi a principal fonte de inspiração deste artigo. Também recomendamos ouvir o Episódio 82 do SavageCast, justamente sobre o assunto de “combates equilibrados” em Savage Worlds.


Savage Worlds Edição Aventura é um sistema para RPG de mesa publicado no Brasil pela Retropunk.

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