Arte por: Claudio Henrique Suiteki
Bem-vindos e bem-vindas a Kilombo! Neste jogo de interpretação de papéis (do inglês, roleplaying game, RPG), você interpreta quilombolas, negros que lutam pela liberdade de seu povo em um mundo marcado pela escravidão. Com você está a responsabilidade de construir um futuro em que todos sejam livres. Em Kilombo, como em todos os jogos YZE, você está em grande parte no controle da história. Todo jogador, exceto um, assume o papel de um quilombola, um Personagem Jogador (PJ). Um dos jogadores será sempre a Sasa. Sasa não é ele ou ela; é o tempo em sua completude: presente, passado e futuro, a consciência de todos. Ela é quem descreve o mundo para vocês e com vocês, além de interpretar todos os demais personagens (chamados Personagens Não-Jogadores ou PNJs), controlar as criaturas que vagam pelas regiões selvagens e pelas cidades e o que trazem de valor.
Construção de personagens
Para construir seu personagem, há oito opções de ancestralidades, um arquétipo, uma “classe” que vai definir seu papel na jornada em busca da liberdade e na construção do quilombo: O Capoeira; A Carabineira; O Caifás; O Ferreiro; A Griot; A Ialorixá; O Lanceiro; A Mateira e a Princesa Africana. Cada arquétipo pode ser combinado com um Ofício, que representa um saber acumulado durante a vida, um background. Alguns desses ofícios são conhecimentos que vieram nos navios negreiros; outros foram aprendidos no trabalho forçado das fazendas: O Irabhá, um sangrador, capaz de extrair o látex e fabricar a borracha; O Kiba, capaz de transformar pele em couro para a fabricação e a melhoria de equipamentos e armas; O Kimbanda, um herbalista que utiliza as ervas para a fabricação de Kúnuas, unguentos e infusões de cura; O Jidemba, um escarificador de corpos, marcando neles memórias que os tornarão mais fortes ou trançando em seus cabelos mapas, símbolos ou mensagens; O Mon’a’xii, o artesão da terra, de Ixi, capaz de fornecer alimentos e ervas, algo de valor inestimável quando a fome ameaçar a vida do quilombo; O Mulambi, capaz de transformar carnes, frutas e legumes em alimento para o povo; O Muxi, que aprendeu a dividir com a natureza a riqueza das madeiras, que ele sabe trabalhar para construir equipamentos e erguer o quilombo; O Xitu, um talhador que domina a habilidade de cortar, preparar a carne e extrair dela pele e gordura.
Há Orixás no Kilombo?
Sim, eles são parte fundamental da engrenagem que faz o jogo fluir. Cada ancestralidade está vinculada a um espírito guia. Você vai precisar dos Orixás para forçar suas rolagens e para ativar alguns talentos poderosos, que tornarão sua habilidade de ancestralidade ainda mais forte.
Gerenciamento de bases
Como todo bom Year Zero, Kilombo também traz o gerenciamento de bases, assim como a arca em Mutant e a fortaleza em Forbidden. Os personagens devem construir juntos o quilombo, desde erguer uma paliçada, abrir garimpos e criar suas próprias leis até construir grupos de caça e milícias. Bora juntos nessa jornada, porque o caminho entre a fazenda e o quilombo é longo e perigoso!
Saiba mais sobre o sistema Year Zero: